Desculpe o auê...

Gosto de causar. De entrar na vida quase perfeita de alguém e tornar tudo uma bagunça. Gosto de revirar as gavetas, tirar as roupas do armário, deixar os livros abertos. Gosto da emoção dos papéis voando, das penas saindo do travesseiro, das cortinas caídas. Eu gosto de dramatizar a vida. Gosto de como as fotos se espalham, de como as cartas dormem no chão. Me agradam as rosas murchas e a luz cortando a escuridão. E, antes da poeira baixar, me ponho a sair de fininho, colocando na porta um bilhetinho, dizendo, em letras garrafais, que eu estive ali.

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