Uma breve reflexão sobre o amor



Dor de garganta, TPM e Sex and the City. É assim que termino minha quarta-feira. Bem, na realidade, termino escrevendo esse post, mas acho que vocês entenderam o que quis dizer...

Estar no momento mais conturbado do mês durante o ano mais conturbado da minha vida (olá, vestibular!) é, de fato, triplicar as crises emocionais, os choros sem motivo e - o mais importante - a fome. Não sei vocês, mas a ansiedade (e intensidade!) em mim é tanta, que dá vontade de comer tudo que vejo pela frente. Por essas e outras, uma boa xícara de chá de maçã com canela e um filminho "água com açúcar" é sempre a melhor pedida... ainda mais quando o filme é nada mais, nada menos que Sex and the City. 

Sobre a produção, não tenho muito o que dizer. Quem já assistiu, sabe: não há como não se apaixonar por Carrie, suas três inseparáveis amigas e sua coleção gigantesca de sapatos. Muito além disso, não há como não se apaixonar e se identificar com a forma que ela trata o amor... e é ele o assunto da minha cena favorita de todo o filme. É ele o motivo de todo esse blablablá.

O que é, de onde vem, que horas vai, ninguém sabe. Só se sabe que não há melhor sensação que tê-lo batendo forte dentro de nós e correndo puro por nossas veias. O amor, de fato, é um dos maiores enigmas que o ser humano pode enfrentar. Repleto de segredos, é impossível a certeza de quando ele irá chegar, para quem ele irá chegar e por quem ele será despertado. O quão devastador esse sentimento pode ser também é algo considerado incerto, e talvez seja essa a causa de um dos receios mais comuns na humanidade: o receio de amar. 

Ainda que seja lindo o ato de se apaixonar, não são todos que, assim como Cazuza, desejam a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida. Existem aqueles que não acreditam na beleza do amor e muito menos em sua existência... o que não é o meu caso. Sempre acreditei que estamos todos sujeitos a amar, seja lá quem for. O amor não vê cara, não vê sexo: ele vê coração. E é no coração que, em minha opinião, guardamos a parte mais bonita de nós... a essência. Essa que não devemos perder, não devemos esconder e muito menos mudar, por nada e nem ninguém.

O amor verdadeiro chega para aquele que se mantém verdadeiro consigo mesmo, sem medo de ser, de falar, de viver como realmente é. Aquele que, muito antes de se apaixonar por alguém, se apaixonou por si próprio, e plantou no mundo uma sementinha de bem... a sementinha que, ao florescer, dará as primeiras pétalas daquilo que nos faz sorrir, nos faz acreditar e nos faz seguir, sem medo do que virá. Daquilo que é repleto de segredos, de enigmas e de encantos. Daquilo que eu chamo de amor.

Clara.

Bernardo


Estranho o tempo não alterar, mas fortalecer. A prova disso é o abraço sincero, após longos meses sem nos vermos. Sincero, silencioso, saudoso. Abraço que permite o reencontro de nossos corações, acelerados de ansiedade, na fração de segundo em que os corpos estão juntos.
Estranho o silêncio não desgastar, mas amadurecer. Amadurecer as ideias, os pensamentos e as desavenças. Metamorfoseá-las em sorrisos, em janelas abertas e em reconciliações. Em alegria. Você é minha alegria.
Estranho a distância não distrair, mas aproximar. Estranho a saudade não perecer, mas apertar. Estranho o amor não sucumbir, mas vigorar. É isso. Eu te amo e te amei desde o dia em que minhas palavras encostaram nas tuas pela primeira vez. Desde o dia em que meu sorriso foi de encontro ao teu pela segunda vez. Desde todos os dias em que você me fez feliz pela milésima vez.
Tenho, guardados em mim, todos os momentos em que respirávamos o mesmo ar e dividíamos o mesmo espaço. Em que estava ao teu lado, à tua frente, ao teu alcance. Em que meu olhar caminhava em sintonia ao teu e, juntos, não se soltavam em hipótese alguma. Por discórdia do destino, se soltaram.
Hoje, minhas mãos procuram pelas suas em um quarto escuro. Com receio de não encontrá-las mais, toco meu peito e sinto o apanhar de meu coração. É ali que você está, esteve e sempre estará. Batendo forte esse sentimento que não tem nome e nem explicação. Não é irmandade, não é amizade. É diferente de tudo. É tudo. Meu tudo.

Desculpe o auê...

Gosto de causar. De entrar na vida quase perfeita de alguém e tornar tudo uma bagunça. Gosto de revirar as gavetas, tirar as roupas do armário, deixar os livros abertos. Gosto da emoção dos papéis voando, das penas saindo do travesseiro, das cortinas caídas. Eu gosto de dramatizar a vida. Gosto de como as fotos se espalham, de como as cartas dormem no chão. Me agradam as rosas murchas e a luz cortando a escuridão. E, antes da poeira baixar, me ponho a sair de fininho, colocando na porta um bilhetinho, dizendo, em letras garrafais, que eu estive ali.

"Carne dos Deuses"

Essa é uma daquelas músicas que eu coloco no topo da lista das preferidas. Uma daquelas músicas que eu ouço quando eu perco toda fé e me sinto sem rumo. É uma daquelas músicas que ressalta a beleza de ser diferente, de conhecer o diferente, de amar o diferente e de vivenciar cada momento da nossa vida com verdade. Compartilho aqui um dos meus trechos favoritos e, claro, o clipe da música, que é incrivelmente bem feito e foi postado no Youtube hoje! 





O ontem, o hoje e o amanhã



Desde que entrei de férias (Salvador, I'm truly missing you) até agora, muita coisa mudou na minha vida comparando ao ano passado. A minha preocupação em me manter saudável - física e mentalmente falando - está cada vez mais presente, devido a uma série de experiências e descobertas que tive ao longo desses últimos quatro anos. Em resumo, percebi a importância de uma boa alimentação e de uma boa relação com as pessoas ao meu redor. Percebi que, de fato, são poucos aqueles que estão ao nosso lado, mas são esses os verdadeiros e cheios de fé em nós. Valorizemos. Percebi que não há refrigerante que substitua um copo d'água, que não há barra de chocolate que substitua um almoço equilibrado e que, se tivermos cuidado e bom senso, nada precisa ser cortado. Bingo! Ser saudável não é tão complicado assim.

Outra coisa que mudou do ano passado pra cá, foi o meu comprometimento com o colégio. Acabei de começar o terceiro ano do colegial e a minha vontade é de permanecer assim pra sempre, apesar de todo cansaço causado pelos estudos (sim, o ano mal começou e eu já estou resmungando). Vejo o quão precioso é aprender, seja lá o que for, e por mais que eu não seja a melhor aluna do mundo, só Deus sabe o quão feliz eu fico quando percebo que aprendi algo novo. Sei que ainda tenho muito a melhorar e a me comprometer, mas o primeiro passo já foi dado, e eu espero estar vendo resultados logo, logo.

Sobre o meu futuro, ele ainda é incerto, e creio que sempre será. Não sei o que quero fazer na faculdade, apesar de ter uma ideia de alguns cursos. Letras, Produção Cultural e Cinema lideram as opções, mas a dúvida ainda é grande, principalmente pelo fato de que eu não sei (realmente não sei) com o que quero trabalhar. Sei que quero lidar com criação, com produção, com projetos saiam do papel e virem algo concreto. E, por mais utópico que pareça, sei que quero deixar minha marca nesse mundo. 

Com amor,
Clara

Vontade

Hoje eu acordei com uma única ideia na minha cabeça: conhecer o mundo. Abrir mão de tudo aquilo que não me faz bem e fugir, sozinha, à procura de uma manga tão boa quanto a que eu comi semana passada, de um livro que me conte uma nova história a cada vez que eu ler, de uma poção da vida eterna e de uma máquina do tempo. Deixar o medo de lado e me aventurar pelos sete mares, sem temer o que possa acontecer no futuro, só deixando a vida me levar - sem lenço, sem documento, sem relógio. Visitar as praias mais paradisíacas, os campos de batalha mais perigosos, os lugares onde o nada predomina. Sentir calor, frio, saudades. Pegar as doenças mais estranhas e arranjar uma forma de curá-las. Curtir a vida, de fato, porque é da curiosidade, do conhecimento e do diferente que a felicidade é feita. E eu quero ser feliz a vida toda.

Clara

Sobre feriados, dias chuvosos e boa música.

Muito mais que férias, eu gosto de feriados. É como uma pausa no meio da correria do dia-a-dia que nos permite fazer coisas que um final de semana não suporta. Nesse feriado de carnaval, a chuva resolveu aparecer, mas não para estragar os planos - muito pelo contrário! Ela veio pra lavar a alma, pra limpar o dia, pra descansar os ouvidos. Veio pra tornar tudo mais gostoso, mais vivível, mais amável. Melhor do que feriado e chuva, só o combo feriado, chuva e boa música, e foi esse que eu pedi pra esses próximos três dias de festa (ou descanso). Seguem algumas músicas que não saem do top 5 do meu iPod: 







Bom feriado,
Clara

Sobre estar só, eu sei.

Há alguns dias fui ao cinema sozinha. Alguns amigos meus contestaram, disseram que eu sou um tanto louca e que ir acompanhado é sempre bem melhor. Bom, eu discordo. Adoro ir ao cinema com uma boa companhia. Quem não gosta, afinal? A questão é que existem mil e uma coisas que eu prefiro fazer desacompanhada, e uma delas é assistir filmes, ainda mais quando você sabe que pouquíssimas pessoas gostariam de assistir os mesmos filmes que você.

De fato, ficar sozinha está na minha lista de coisas favoritas. Em momentos assim que posso ser quem sou de verdade, sem medo de não gostarem ou me olharem feio. Em momentos assim que posso andar pela rua cantando alto ou dançando os passinhos mais cafonas possíveis. Em momentos assim que posso viver do jeito que eu quiser e mudar a hora que eu quiser - nem que seja o caminho pra casa. 

Pensando dessa forma, acabei descobrindo um número imenso de coisas que gosto de fazer sozinha e com mais ninguém. Coisas que, olhando de primeira, parecem pouco ou parecem nada, mas que, quando vividas, despertam uma série de sentimentos - bons e ruins - dentro de mim.

Dentre as mil e uma coisas que eu prefiro fazer desacompanhada, ouvir Radiohead ocupa o primeiro lugar. Não existe escutar High and Dry e não ter vontade de passar horas e horas na cama sem fazer nada, repetindo os versos "you broke another mirror / you're turning into something you are not". 

Outra coisa que dispensa qualquer companhia, são programas na National Geographic ou Animal Planet. Só pelo fato de eu ser apaixonada por documentários que falam sobre a natureza, daquelas que choram com um cardume de peixes, sei que poucos seriam aqueles que aguentariam assistir ao meu lado, assim como poucos seriam aqueles que aguentariam as lágrimas e as risadas despertadas por um bom filme argentino, regado de pão de queijo e chá mate sem açúcar.

Em resumo, muito me agrada essa história de viver meio sozinha, meio acompanhada. É como se, no meio de tanta confusão que o convívio traz, a gente tivesse um tempinho pra respirar e cuidar um pouco da gente. Muitos têm medo da própria companhia, mas felizes são aqueles que fazem, do silêncio, um momento bom.



De alguém rodeada de pessoas maravilhosas, 
mas encantada pelo barulho que a quietude faz,
Clara

Bem-vindo, 2013

Me descarrego de tudo aquilo que me fez mal, me fez ruim e me fez pior. Não mais me permito sofrer pelo que se dizia valer à pena, pois, no fim, não vale. Aprendi a deixar de lado o que deixou de me acrescentar. Aprendi a deixar pra trás o que deixou de me iluminar. Aprendi que força é uma questão de confiança e que o tempo é, de fato, a melhor e mais eficiente das curas. A regra, então, é cair sete, levantar oito e ser feliz pelo menos uma vez ao dia. Entro em 2013 com mais fé na vida e, mais do que isso, em mim mesma. Levo, comigo, tudo aquilo que me fez crescer, amadurecer e me fez melhor. Levo amor, superação e valorização. Levo lembranças. O passado é substituível… e que seja substituído por coisas lindas! Desejo, então, um ano de surpresas e realizações. Um ano de força. Não espere que ele te surpreenda, mas surpreenda-o. Faça valer. 





Feliz ano novo,
Clara

"The boss"

É, mais um sobre música. É inevitável falar de algo que te acompanha dia e noite, sete dias por semana, quatro semanas por mês, doze meses por ano. Não durmo sem, não acordo sem, não vivo sem. Aqui em Salvador, ainda mais, onde o calor se faz maior que a velocidade máxima do meu ventilador, dormir ouvindo músicas calminhas é sempre uma boa pedida para evitar a inquietação causada pela temperatura.

O da vez é ele. Talvez não só da vez, mas de todas as vezes: Bruce "the boss" Springsteen. Quem me conhece e/ou me acompanha no twitter, sabe do quanto eu gosto desse cara (tô sendo modesta, eu realmente amo) e do quão importantes são as músicas dele pra mim. É como se cada momento da minha vida fosse acompanhado por uma de suas canções e cada canção me fizesse sentir algo novo.




Nascido em 23 de Setembro de 1949, em Long Branch (New Jersey), Bruce Springsteen é um cantor, compositor e guitarrista americano, conhecido mundialmente por suas letras e arranjos emocionantes, que atuam como porta-voz da classe proletária e, para a maioria, deixam claro seu patriotismo e orgulho da nação americana. O que poucos sabem é que, por trás dos refrãos que dizem, sem medo, “eu nasci nos Estados Unidos”, há um grito de protesto e indignação em relação à sociedade estadunidense da década de 60, até os dias atuais. 




Minha história com Bruce começou cedo e, mais de dez anos depois, ele continua ocupando o meu lugar de cantor favorito, que tem seu repertório composto por uma batida característica e letras de se tirar lágrimas dos olhos. O mais legal? Danny Jones, do McFly (minha banda favorita), também tem Springsteen como ídolo. Outra coisa legal é que, há poucos anos atrás, Bruce recebeu uma homenagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que disse, ao discursar sobre o cantor, a frase "I'm the president, but he's the boss" (eu sou o presidente, mas ele é o chefe), se referindo ao apelido dado a Springsteen no início de sua carreira. É de encher o peito de orgulho, né?

Agora me digam se há melhor forma de conhecer um cantor/banda, se não escutando suas canções. Bruce, que tem sua carreira acompanhada pela E Street Band há um bom tempo, é dono de um repertório excelente e sem tamanho. Dentre os inúmeros álbuns e dvd's, selecionei algumas músicas que fazem parte do meu conjunto de favoritas (e muito queridinhas) canções:


 






Nesse ano de 2012, algumas atrações do festival Rock in Rio 2013 foram anunciadas. Empatado com a banda Iron Maiden, Bruce Springsteen and the E Street Band foi um dos primeiros shows confirmados. Depois de muito choro, pulo, grito e surto, eu posso finalmente respirar e dizer que o próximo ano será dono de um dos dias mais felizes da minha vida: o dia em que eu poderei ver, de pertinho, a apresentação de um dos maiores cantores e compositores que o planeta já viu, por mais cafona que isso possa soar. Só de pensar, meu coração já começa a bater acelerado e ansioso, mas nada mais normal quando a ideia de presenciar o show do cara que muito te ensinou invade a mente.

Enfim, espero que gostem e que ele passe, pra cada um de vocês, a mesma vontade de correr o mundo sem medo e sem recuos que ele passou pra mim. A mesma sede de conhecer e de viver através daquilo que é julgado simples. O mesmo amor, tão presente em suas canções, pela liberdade e pelas pequenas coisas. Como o mesmo diz em uma de suas músicas, "tramps like us, baby, we we're born to run". 

De uma fã,
Clara